Geraldo Alckmin firma acordo pelo fim das sacolas plásticas em São Paulo
Geraldo Alckmin firma acordo pelo fim das sacolas plásticas em São Paulo
A Lei 2.553/2010, de autoria do vereador Prof. Wanderley de Oliveira (DEM), que dispõe sobre o uso de sacolas plásticas, tornou–se referência para diversos municípios da região bragantina. A tendência ambientalista passou a ser adota por diversas cidades do país, e despertou interesse até mesmo no governador Geraldo Alckmin, que na semana passada firmou acordo pelo fim das sacolas plásticas em todo Estado.
Agora, a distribuição de sacolinhas plásticas descartáveis em supermercados paulistas está com os dias contados. No último dia 9, Alckmin e o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, assinaram um convênio com o APAS (Associação Paulista de Supermercados) que elimina, até o final do ano, a distribuição gratuita das sacolas plásticas derivadas de petróleo em São Paulo.
Segundo Alckmin, a decisão foi tomada porque as sacolinhas não oferecem benefício suficiente que justifique o prejuízo que causam ao meio ambiente. “A proposta é o consumidor criar o hábito de levar a sua embalagem ao supermercado. Com a mudança de comportamento será possível acabar com o uso da sacola descartável e incluir as retornáveis”, explicou o governador.
Primeiramente serão os supermercados e futuramente o varejo. Com o acordo assinado, os supermercados têm prazo de seis meses para fazer campanhas de mudança de hábito do consumidor para utilizar outros recipientes para o transporte das compras antes de cessar a distribuição de sacolas. Quem optar pela sacola descartável, que deve ser biodegradável, terá de pagar R$ 0,19 a unidade.
Pelo acordo, os supermercados promoverão campanha nos próximos meses para estimular a mudança de hábito do consumidor, conscientizando–o para a necessidade de utilizar outros meios para o transporte das compras antes de cessar a distribuição de sacolas. A meta da iniciativa, apoiada pelo setor, é atender uma demanda da sociedade, que está cada vez mais atenta às questões ambientais. O objetivo é estimular o uso de sacolas retornáveis (como as de feira).
O uso das atuais sacolas plásticas descartáveis traz diversos impactos ambientais. Além de ocupar espaço nos aterros, sua produção utiliza grande volume de água e gera resíduos industriais. Há ainda o uso inadequado e descarte na rua, o que leva o material às galerias e bueiros. Isso causa entupimentos e enchentes, polui a água e o solo e traz prejuízo à vida de animais marinhos.
A experiência em Piracaia
Desde outubro do ano passado, Piracaia começou a pôr em prática a ação que se espalha pelo Brasil e pelo mundo: o fim das sacolas plásticas nos mercados, tirando de circulação o produto derivado do petróleo que leva mais de um século para se decompor. Em seu lugar, está sendo comercializada uma sacola biodegradável (que se decompõe em 180 dias), feita de amido de milho a R$ 0,19.