Sessão de Câmara é novamente encerrada por tumulto
Sessão de Câmara é novamente encerrada por tumulto
Pela segunda vez, manifestantes impedem que vereadores tomem seus postos na Tribuna
Cartazes, protestos e vaias, assim foi marcada a 13ª Sessão da Câmara Municipal de Piracaia. Nesta Sessão seriam votados projetos relevantes, como por exemplo o Projeto de Lei n.º 23/2010, que dispunha sobre a concessão de incentivo para a regularização de construções e ampliações não licenciadas. Todavia o irrefreável tumulto, causado pelos manifestantes, fez com que o presidente da Câmara, Silvino Dentista (PSDB), encerrasse os trabalhos da Casa.
Mais de duzentas pessoas lotaram as dependências do Plenário, chegando à Câmara por volta das 19h. Muitas delas levadas em vans e ônibus fretados. Apesar do presidente da Câmara tentar controlar a situação, nada conseguiu acalmar o “ânimo” dos manifestantes que não permitiram que o vereador Edmilson Armellei (PP) concluísse seu discurso na Tribuna.
Na tentativa de sua fala, o vereador Edmilson tecia comentários sobre a carência de medicamentos na Farmácia do Posto, a distribuição do leite, e sobre os supinos gastos da Prefeitura – estimados em R$ 200 mil reais – com o caixinha, porém, diante do manifesto, não conseguiu concluir seu pronunciamento.
Foi então que o presidente da Câmara solicitou à Polícia Militar que retirasse os manifestantes da platéia para que os vereadores pudessem dar continuidade aos trabalhos da Casa, entretanto nem mesmo os militares obtiveram êxito. Os presentes se recusaram em deixar o local, continuando o alvoroço e gritando em coro: “A Casa é do povo, a Casa é do povo!”.
O vereador Dr. Luiz Henrique (DEM) também tentou controlar a situação: “A Casa é do povo, mas nesta Casa existem leis, regulamentos e regimentos que devem ser obedecidos não apenas por nós vereadores, mas também pelo público presente. Estão confundindo Casa de Leis com a Casa da Mãe Joana!” – disparou.
O tumulto foi tomando proporção e Silvino decidiu encerrar definitivamente a Sessão. Esta é a segunda vez consecutiva que os trabalhos do Poder Legislativo foram encerrados pelo desrespeito do público.