Autoridades prestigiam entrega de Certificados de Dispensa de Incorporação

Autoridades prestigiam entrega de Certificados de Dispensa de Incorporação

Autoridades prestigiam entrega de Certificados de Dispensa de Incorporação

 




O Certificado de Dispensa de Incorporação se tornou um documento indispensável no ingresso de várias atividades e segmentos, dentre elas concurso público, vestibular, solicitação do Título Eleitoral, CPF, currículos entre outros.


A Prefeitura Municipal de Piracaia, por meio da Junta do Serviço Militar, realizou na manhã de sexta–feira (22), a solenidade de entrega de Certificado de Dispensa de Incorporação do Serviço Militar para cerca de 100 jovens piracaienses, que foram dispensados do serviço militar.  A cerimônia constou de juramento à bandeira nacional e recebimento dos documentos pelos jovens. Realizado no Plenário Jonas Euzébio Teles, na Câmara Municipal, o evento contou com a presença da prefeita Fabiane Santiago (PV), do presidente da Câmara Prof. Wanderley de Oliveira (DEM), do vereador Toninho da Rádio (PDT), do senhor Vilmar Consoni, 1º Tenente Delegado da 3ª Delegacia de Serviço Militar, da diretora do Departamento de Educação, Maria Estela de Almeida Izzo, do senhor Jairo Donizete Soares da Cunha, Comandante da Guarda Municipal de Piracaia, dentre outras autoridades militares. 
O grupo de rapazes cantou o Hino Nacional recepcionando a Bandeira Nacional e jurando lealdade à Pátria.
O Tenente Vilmar Consoni acolheu os jovens falando sobre a importância do documento que estavam recebendo, em seguida fez a leitura do texto intitulado “A carta de adeus de um jovem de 19 anos, vítima das drogas”. O presidente da Câmara Prof. Wanderley (DEM) saudou os jovens  piracaienses, e aproveitou o ensejo da carta lida pelo Tenente e alertou os jovens acerca do uso de entorpecentes. A prefeita Fabiane Santiago (PV) também deixou aos jovens uma mensagem de otimismo e perseverança. Falou sobre a persistência e a importância de lutar pelos sonhos e ideais mesmo diante dos percalços da vida. Após a solenidade, um coquetel foi servido aos presentes. 


"Carta de adeus de um jovem de 19 anos vítima das drogas" 


Acho que neste mundo ninguém procurou descrever o seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai receber isso, mas preciso de todas as forças em quanto é tempo. Sinto muito meu pai, acho que este diálogo é o ultimo que tenho com o senhor, sinto muito mesmo... Sabe pai, está em tempo do senhor saber toda verdade que nunca nem desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante objetivo.
A droga me matou. Travei conhecimento com o meu próprio assassino “as drogas”. Aos 15 ou 16 anos. Não é horrível, meu pai?
Sabe como conhecemos isso? Através de um cidadão elegantemente vestido. Bem vestido mesmo, e bem falante, que me apresentou o meu futuro assassino: “as drogas”.
Eu tentei recusar, tentei mesmo,mas o cidadão mexeu com o meu brio dizendo que eu não era homem. Não é preciso dizer mais nada não é pai?Ingressei no mundo das drogas! No começo foram as torturas, depois o devaneio, e a seguir a escuridão. Não fazia mais nada sem que as drogas estivessem presentes. Depois veio a falta de ar, o medo, as alucinações, e logo após veio a euforia do pico novamente. Eu me sentia mais gente que as outras pessoas, e a droga minha amiga inseparável sorria... Sorria...
Sabe pai, agente quando começa acha tudo engraçado e ridículo até DEUS, e hoje no leito de um hospital, eu reconheço que DEUS é o mais importante de tudo no mundo, e que sem a ajuda dele eu não estaria escrevendo esta carta.
Pai eu só tenho 19 anos e sei que não tenho chance nenhuma de viver. E é muito tarde pra mim, mas para o senhor meu pai, tem um ultimo pedido a fazer: Diga a todos os jovens que o senhor conhece e mostre a ele esta carta. Diga que em cada porta de escola, em cada cursinho de faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante, que irá mostrar–lhes o seu futuro assassino e destruidor de suas vidas, e que levara a loucura e a morte, como aconteceu comigo.
Por favor, meu pai, faça isso antes que seja tarde demais para eles. 
“Perdoai–me meu pai... Já sofri demais.”
“Perdoai–me também por fazê–lo sofrer pelas minhas loucuras, adeus meu pai.....”